Cibercultura: Navegar é preciso
Um “novo fazer” em educação faz a diferença! Estamos vivendo a Cibercultura. Uma cultura contemporânea fortemente marcada pelas tecnologias digitais.
A saber, Cibercultura é a cultura da leitura e da escrita de forma ampla, coletiva e generalizada. (Lemos,A. 2010). Cibercultura é uma cultura caracterizada pelo compartilhamento de informação e conhecimento em rede. E para isso é importante saber navegar, aprender como navegar e porque navegar em rede.
Essa busca e compartilhamento de informação e conhecimento, caracteriza um “novo fazer” que ajuda aos alunos a enxergarem a beleza do caminho. E é por isso que o conteúdo muda o visual para que os alunos possam responder aos estímulos.” Uma nova cultura da aprendizagem: da informação ao conhecimento. Os “Fatos e dados, sozinhos, não mudam o mundo. A inspiração move muito mais que a explicação. A inspiração faz com que possamos tirar a ideia do chão e com resiliência nos fazer voar.” (LUZ, G. 2015)
Nós profissionais da educação, temos o compromisso de abrir janelas para o mundo. E para isso é primordial que saibamos navegar com precisão, sem perder a direção de onde se quer chegar, para também ensinarmos aos alunos a navegar com segurança e precisão, para que consigam alcançar novos rumos, novos mares e descobrirem “novos continentes.”
Sala de Aula
É preciso considerar que a construção do próprio olhar, requer do leitor ou do navegante novas competências cognitivas. “Se quisermos realmente promover mudanças, em ritmo acelerado, precisamos redesenhar a educação.
Precisamos estar preparados para falhar e a partir de um trabalho colaborativo buscar acertar. Não cabe mais à educação proporcionar aos alunos conhecimentos como se fossem verdades acabadas; ao contrário, ela deve ajudá-los a construir seu próprio ponto de vista…
Precisamos dar clareza e visual a um conceito, precisamos de ideias viáveis, factíveis e pessoas que querem. Precisamos contar uma nova história.
Vamos trazer nossos alunos para dentro desse barco?
Com as redes sociais, os espaços híbridos, os ambientes virtuais de aprendizagem, as videoconferências e tantas outras tecnologias em rede, estar geograficamente em outro lugar não é estar distante. A educação híbrida muda completamente a noção de currículo e da prática pedagógica. As educação híbrida têm nos forçado a repensar nossas práticas na própria educação presencial, gerando uma onda de inovação pedagógica.
Quando falamos de educação híbrida e das novas demandas trazidas pela cibercultura o que muda para o professor?
“Tudo principia na própria pessoa” – sujeito professor, cidadão do mundo, mas que somente junto aos seus pares recupera a memória da educação – recontada a partir de suas ricas vivências, de seus aprendizados diários, na tecetura de um fazer inovador, solidário e coletivo. Aprendizado em Rede. (ARGENTO,H. 2004)
Podemos ser agentes dessa transformação mudando a prática e não só as ideias.
“Vivemos em uma sociedade da aprendizagem a qual aprender constitui uma exigência social crescente que conduz a um paradoxo: cada vez se aprende mais e cada vez se fracassa mais na tentativa de aprender.” Juan Ignácio Pozo
Precisamos aprender a navegar pela internet para não “naufragar” de vez.
Referências
ARGENTO, H . O professor e os desafios da cibercultura – artigo, 2004
LUZ,G. Editora SOMOS, 2015
MONEREO, C.; POZO, J.I. En qué siglo vive la escuela?: el reto de la nueva cultura educativa. Cuadernos de Pedagogía, n. 298, p. 50-55, 2001.
MORIN, E. La mente bien ordenada: repensar la reforma, reformar el pensamiento. Barcelona: Seix Barral, 2001.
PÉREZ ECHEVERRÍA, M.P. As concepções dos professores sobre a aprendizagem: rumo a uma nova cultura educacional. Pátio – Revista Pedagógica, n. 16, p. 19-23, 2001.